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EM

EM X ELA

By Juliana Pinto - junho 15, 2019



Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla ou EM é uma doença neurológica, de causa desconhecida, caracterizada pela perda da bainha de mielina dos neurónios, levando ao surgimento de sintomas de forma repentina ou progressiva, como fraqueza das pernas e dos braços, dormência, incontinência urinária ou fecal, cansaço extremo, perda da memória e dificuldade de concentração.

A esclerose múltipla pode ser classificada em três tipos de acordo com a manifestação da doença:

  • Esclerose múltipla surto-remissão: É forma mais comum da doença, sendo mais frequente em pessoas com menos de 40 anos de idade. Esse tipo de esclerose múltipla acontece em surtos, em que os sintomas aparecem de repente e desaparecem em seguida. Os surtos acontecem com intervalos de meses ou anos e duram menos de 24 horas;
  • Esclerose múltipla secundária progressiva: É uma consequência da esclerose múltipla surto-remissão, em que há o acumular dos sintomas ocorridos ao longo do tempo, sendo difícil a recuperação dos movimentos e levando ao aumento progressivo das incapacidades;
  • Esclerose múltipla primária progressiva: Nesse tipo de esclerose múltipla, os sintomas evoluem de forma lenta e progressiva, sem que haja surtos. A esclerose múltipla propriamente progressiva é mais comum em pessoas com mais de 40 anos e é considerada como a forma mais grave da doença.
A esclerose múltipla não tem cura, devendo o tratamento ser realizado por toda a vida e, além disso, é importante que a pessoa aceite a doença e adapte o seu estilo de vida. O tratamento normalmente é feito com o uso de medicamentos que dependem dos sintomas que a pessoa apresenta, além da realização de fisioterapia e terapia ocupacional.

Podem ver neste post, a minha versão mais fácil de explicar.



A Esclerose Lateral Amiotrófica ou ELA é uma doença neuro-degenerativa em que há a destruição dos neurónios responsáveis pelo movimento dos músculos voluntários, levando à paralisia progressiva do braços, pernas ou do rosto, por exemplo.

Os sintomas da ELA são progressivos, ao seja, à medida que os neurónios são degradados, ocorre a diminuição da força muscular, bem como dificuldade para andar, mastigar, falar, engolir ou manter a postura. Ou seja os músculos vão morrendo. Como esta doença ataca apenas os neurónios motores, a pessoa ainda possui seu sentidos preservados, ou seja, é capaz de ouvir, sentir, ver, cheirar e identificar o sabor dos alimentos.

A ELA não tem cura, sendo o tratamento indicado com o objectivo de melhorar a qualidade de vida. O tratamento normalmente é feito por meio de sessões de fisioterapia e uso de medicamentos de acordo com a orientação do neurologista, como o Riluzol, que retarda a evolução da doença.
Está descrito que a sobrevivência média é de cerca de 5 anos.
A evolução de cada caso é sempre imprevisível.




Fiz este post, porque é muito comum as pessoas confundirem a EM com a ELA.
Costumo dizer que são primas, mas são bastante diferentes!

A EM é imprevisível e tem várias formas de se manifestar, e é diferente em qualquer pessoa, não há cura mas a medicação ajuda a estabilizar, claro que varia de pessoa para pessoa, por isso é que há os três tipos de Em que falei em cima, em algumas pessoas a doença não estabiliza, noutras deixa sequelas nalgumas partes motoras, sensibilidade ao calor, fadiga, numa tarefa uma pessoa normal gasta energia mas nós gastamos o dobro, por isso o cansaço.

Na ELA, não conheço tão bem como a EM, mas os neurónios motores (cabos eléctricos) que conduzem a informação do cérebro aos músculos do nosso corpo, passando pela medula espinhal, morrem precocemente, sim infelizmente morrem, por isso não recupera e não há nada que possa evitar.
A pessoa vai perdendo a sua capacidade motora, acabando por deixar de andar, deixar de se mexer, perder a capacidade de falar, ficando mesmo dependente de alguém e infelizmente não há cura, falam num tratamento, mas parece que é só para retardar, o que é bom mas não é optimo, estima-se que a pessoa viva +/- 5 anos, claro que cada caso é um caso e cada pessoa é um caso.

Peço a quem foi diagnosticado com uma delas, que eu sei que é muito difícil, mas por favor não baixem os braços, não se isolem, isso só piora a vossa situação e estão mais susceptíveis a ter uma depressão, ACEITEM, sei que falar é fácil e viver é outra.

E tu se tens um amigo ou familiar com alguma destas doenças, não te afastes e ajuda imenso essa pessoa e nunca lhe faltes.
Eu acho que a nossa mente tem muito poder, se aceitarmos, se enfrentarmos e pensarmos positivo as coisas são melhores dentro dos possíveis.

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4 comentários

  1. Estas publicações são sempre úteis! Pelo menos, para mim. Obrigada pela partilha, já fiquei a saber mais coisas :)

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  2. Obrigada por esta publicação, foi realmente bastante interessante perceber as diferenças. Por acaso conheço melhor a ELA, visto que já fiz dois trabalhos da faculdade sobre esse tema e digamos que posso até intervir com os portadores, no entanto, acaba por confundi-la um pouco com a EM :)
    Beijinhos

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    Respostas
    1. De nada!
      Os sintomas podem por vezes ser idênticos, mas na EM há a possibilidade de recuperar, na ELA não!
      A ELA é muito grave, infelizmente.
      Beijinhos

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